Barcelona vence jogo épico e ganha a Supercopa da Uefa
- Redação
- 12 de ago. de 2015
- 3 min de leitura
O Barcelona foi de incrível a sofrível; o Sevilla, de goleado a quase vencedor. E a final da Supercopa da Uefa deixou de ser apenas mais um jogo para tornar-se um épico. Uma partida para a história. Um superjogo, fazendo justiça ao nome e às duas equipes campeãs europeias da última temporada.
Uma noite que fez justiça com um jogador que só entrou em campo nos minutos finais – Pedro Rodríguez. O atacante, que pediu para não jogar porque deixará o clube, marcou o gol decisivo na vitória por 5 a 4, após 120 minutos em que o futebol agradeceu às duas equipes.
Foi o quarto título do time de Luis Enrique em 2015. Restam dois para igualar o Barcelona de Guardiola, que em 2009 chegou ao “sextete”: a Supercopa da Espanha, que será jogada nos dias 14 e 17 contra o Athletic Bilbao, e o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão.
Mas voltemos ao jogo de Tblisi. Logo no primeiro minuto, uma falha da defesa do Barcelona fez Mascherano cometer uma falta. Na cobrança, aos 2min, Éver Banega abriu o placar.
O Barcelona, surpreendido e sem dois titulares importantes – Jordi Alba e Neymar, substituídos por Mathieu e Rafinha – poderia ter se desesperado. Mas Messi, com dois toques na bola, virou o jogo.
A primeira cobrança de falta foi aos 7 minutos. No ângulo do gol defendido por Beto. A segunda, aos 15: bola no mesmo lado, igualmente indefensável.
Dois gols, e números históricos: foi o primeiro jogo em que Messi marcou duas vezes de falta; o primeiro jogador do Barcelona a conseguir a façanha desde Ronaldinho, em 2007; e o primeiro, também, desde Rivaldo, em 2000, a fazê-lo em um jogo internacional. Mais: chegou a 24 gols contra o Sevilla, que se tornou sua maior vítima.
O Barcelona de Messi passou a ter o comando do jogo. A pressão na saída de bola era intensa, e, quando o Sevilla atacava, os contra-ataques estavam bem armados. Foi em uma jogada assim, aos 42 minutos, que saiu o terceiro gol: Rakitic, no campo de defesa, encontrou Suárez antes da linha do meio-campo; o uruguaio avançou, entrou na área, e chutou. O goleiro Beto defendeu, mas o rebote voltou para Suárez. Então, o camisa 9 foi genial: com um passe entre as pernas de Krohn-Delhi, encontrou Rafinha, que não perdoou. 3 a 1.
Na segunda etapa, a marcação do Barcelona voltou ainda mais adiantada. O time catalão sufocava o adversário, e a tática deu certo aos 6 minutos. Busquets interceptou um passe na entrada da área e tocou para Suárez, que fez o quarto gol.
Era a vitória transformada em goleada. Por pouco tempo.
O Barcelona se acomodou. O Sevilla não desistiu. E, cinco minutos depois, conseguiu diminuir a desvantagem. Iborra cruzou da esquerda e Reyes, desmarcado, marcou de cabeça, diminuindo a desvantagem.
Animado, e com meia hora de jogo pela frente, o time andaluz lançou-se ao ataque, e a pressão do Barcelona diminuiu. Aos 26 minutos, após um cruzamento de Tremoulinas, Mathieu segurou Vitolo dentro da área. Pênalti, que Gameiro converteu.
A goleada virou drama. E a vitória virou empate aos 35 minutos. Immobile aproveitou-se de uma falha de Bartra e tocou para a área – Konoplyanka, com o gol aberto, conquistou o improvável empate.
Depois dos 15 minutos de apagão, o Barcelona acordou. Messi, novamente de falta, quase desempatou aos 44 da etapa final. Mas não teve jeito – o duelo foi para a prorrogação.
Nos 30 minutos finais, Luis Enrique – dominado por Unai Emery na segunda etapa – tentou mudar o jogo colocando Pedro. O atacante, que havia pedido para não jogar, porque está de saída do clube, era a chance de mexer no ritmo ofensivo do time catalão.
Novamente com o esquema 4-3-3, o Barcelona foi melhor na prorrogação, mas tinha dificuldades para romper a barreira defensiva montada pelo Sevilla. Aos 8 minutos da segunda etapa do tempo extra, Messi teve mais uma chance em cobrança de falta.
A bola bateu na barreira, Messi ainda pegou o rebote e, quando Beto fez a defesa, Pedro apareceu na pequena área para concluir. Pedro, o jogador que pediu para não jogar, o atacante do gol do título da Supercopa de 2009, o talismã que pode ter marcado seu último gol pelo Barcelona.
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