Cristiano abre o jogo sobre rebaixamento do Cuiabá: “eu errei”
- Redação
- 13 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de dez. de 2024
Presidente do Dourado citou demora na reposição do treinador e na postura de não contratar jogadores na janela do meio de ano

Enfim, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, deu declarações sobre a temporada 2024, que culminou no rebaixamento para Série B. O mandatário do Dourado admitiu que o descenso aconteceu por erros na gestão, dando ênfase na escolha demorada na reposição do treinador após a saída do António Oliveira.
“Um clube como o Cuiabá é visto como um trampolim pelos atletas e treinadores. Pela primeira vez, a gente virou ano com um treinador. António Oliveira fez a melhor campanha do Cuiabá na Série A, mantivemos o técnico, fizemos um projeto de elenco desenhado em cima do trabalho do António Oliveira. No início de fevereiro, acabamos perdendo ele para o Corinthians. A reposição de um treinador foi o grande problema que eu tive, demorei muito para contratar um técnico, conseguimos contratar um treinador português novamente, Petit, que não se adaptou à rotina do futebol brasileiro. Foram casos inéditos que eu tive aqui, no mesmo ano, dois treinadores pediram demissão. Acredito muito que se o Petit tivesse continuado, a gente teria conseguido, mas isso são águas passadas.”
Outro fator crucial para o presidente que resultou na queda do Cuiabá foi a falta de reforços na janela de transferências da metade do ano, em que o clube optou por economizar nos investimentos no mercado da bola e manter as finanças controladas no final da temporada.
“Nosso rebaixamento não é por falta de dinheiro. Nosso rebaixamento, eu assumo a responsabilidade, foi da gestão que é minha. O Cuiabá tem dois donos, mas a gestão é minha, eu tomo as decisões e eu errei. Mas é óbvio que, tendo mais dinheiro, por exemplo, numa janela de transferências que a gente teve no meio do ano, qual foi a nossa postura? Tirar o pé para não contratar, talvez errar e chegar agora com um fluxo de caixa muito pior do que a gente tem hoje. A questão do caixa na janela de transferências, que a gente não tinha condições de trazer e investir em contratações. Eu acabei preferindo tirar o pé do acelerador nem que o clube caia, mas não vai cair endividado”, finalizou Cristiano.
A entrevista foi concedida ao Podcast “Dinheiro em Jogo”, do Globo Esporte.