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Futebol Mato-Grossense

20 de dezembro de 2025 às 23:26:04

Redação

Guto Ferreira relata preconceito no mercado e rejeita rótulo de “treinador de Série B”

Treinador que levou o Remo à Série A afirma que obesidade já fechou portas na elite do futebol brasileiro


Foto: Reprodução/ge
Foto: Reprodução/ge

Reconhecido como “Rei dos Acessos”, Guto Ferreira fez um forte desabafo em entrevista ao Globo Esporte após o fim da temporada de 2025. Aos 60 anos, o treinador — que comandou a histórica subida do Remo à Série A e iniciou o ano no comando do Cuiabá — afirmou sentir-se rejeitado no mercado por conta da obesidade e criticou o rótulo de ser visto apenas como técnico de Série B.


Com passagens marcantes pela segunda divisão nacional, a sua lista de acessos integram a Ponte Preta (2014), Bahia (2016), Internacional (2017), Sport (2019) e recentemente com o Remo (2025). No Dourado, foi contratado em janeiro de 2025 após a demissão do técnico Bernardo Franco que, na ocasião, havia sido eliminado pelo Porto Velho-RO na primeira fase da Copa do Brasil.


Apesar da expectativa de devolver a equipe auriverde à Série A, Ferreira foi desligado do comando em agosto. O anúncio aconteceu depois da derrota por 2 a 0 para o Avaí, na Ressacada.


Ao longo da sua trajetória, o treinador conviveu com ataques gordofóbicos, independente dos serviços prestados de devolver equipes ao topo nacional, mesmo com pouco material humano. Na elite, relatou ser vitimado pelo preconceito e a falta de confiança no trabalho.


Guto contestou a ideia de que não tenha perfil para trabalhar na primeira divisão. Segundo ele, seu histórico em clubes da Série A é subestimado, especialmente quando se leva em conta a diferença de investimento em relação aos concorrentes.


"Não estou no oposto. Eu também quero esse perfil de trabalho. Caso contrário, colocam uma plaquinha no meu pé e me intitulam ‘treinador de Série B’. É só puxar meu currículo com clubes de Série A para ver os resultados, muitas vezes com elencos que custavam 20 ou 30 vezes menos que os de clubes de meio de tabela”, afirmou.


O treinador, embora diga nunca ter ouvido falas gordofóbicas diretamente de dirigentes, relatou conversas com empresários que apontavam o preconceito como fator determinante.


"Ninguém fala isso tête-à-tête, mas já ouvi de empresários: ‘os caras não querem porque você é gordo’. Se isso acontece lá fora, será que aqui também não acontece?”, questionou, mencionando Geninho como exemplo de treinador que também obteve sucesso apesar do estigma.


Apesar do desabafo, Guto garantiu que lida com o tema de forma madura. “Sou cabeça feita, não me preocupo com isso”, concluiu.


Sem clube, o técnico está livre no mercado e busca trabalho para o ano de 2026. Ferreira chegou a despertar interesse do Internacional após não permanecer no Remo, mas as conversas não andaram com o Colorado, que conta com Paulo Pezzolano para a próxima temporada.

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