“Nós estamos em alta tecnologia. Não estamos a jogar na várzea”, declara António Oliveira, técnico do Cuiabá, sobre o juiz não marcar o pênalti a favor do Dourado no início do primeiro tempo contra o Santos. A partida aconteceu nesta segunda-feira (6), na Vila Belmiro, e foi válida pela 32ª rodada do Brasileirão.
O fato ocorreu aos 2 minutos, quando o atacante Deyverson avançou na área adversária e sofreu a penalidade, porém o árbitro considerou lance normal de jogo e o VAR não chamou para revisão.
Durante entrevista coletiva após a partida, o treinador afirmou não entender o motivo da não marcação. “Eu não consegui entender o que estar a passar. Como é que não se marca um pênalti daqueles? Eu não sei se seria gol ou não. Eu não sei como é possível nem ir ao VAR. É inacreditável o que se passou aqui”.
António ainda afirmou que o zagueiro Joaquim sabia que ele havia cometido a penalidade em cima do centroavante do Dourado. “É só olhar para a expressão dele (Joaquim) quando ele cai, que ele sabe o que fez. Ele sabe e ele diz, claramente, que foi pênalti”.
O treinador declarou que gostaria de uma justificativa do porquê não foi marcado. “Aquilo é pênalti em Portugal, na China, Bangladesh, na Antártida, em Marte, toda gente sabe que aquilo é pênalti. O que é que está a passar? Era isso que eu gostaria de perceber”.
António explicou que todos estamos sujeitos à falha, porém reiterou a existência do VAR no futebol, a qual permite revisar, auxiliar ou ajudar em melhores decisões dentro de campo. Ele afirmou acreditar que as pessoas agem sempre de boa-fé, mas que não consegue aceitar erros repetitivos.
Inclusive, o técnico citou a falha da tecnologia no confronto contra o Vasco.
“Num jogo anterior, tivemos um gol impedido pelo uso incorreto da câmara. É surreal, isto é surreal.”
Luana Ignacio/ Olhar Esportivo
