O secretário de infra-estrutura da Agecopa, Carlos Brito, teve uma reunião com os engenheiros do Consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior na tarde de quinta-feira, no canteiro de obras da Arena Pantanal, no bairro Verdão, onde está sendo construído o novo estádio para a Copa do Mundo de 2014. Os motivos do encontro não foram revelados, nem por ele, nem pela assessoria da autarquia.
“Ele costuma ir lá quase que diariamente”, informou a assessoria. Mas a reportagem de A Gazeta esteve no local e posteriormente ouviu o engenheiro Marcelo Oliveira, da Agecopa, que tem acompanhado todo o andamento da obra, ao lado dos profissionais das construtoras contratadas. Ele tratou de tranquilizar a população, afirmando que, “apesar da grande quantidade de água acumulada no local, tudo está dentro do previsto”.
Marcelo Oliveira alegou o grande acúmulo de água em um dos pontos da obra, que até exigiu a montagem de uma bomba para drenagem, “é normal”. Segundo ele, o excesso de chuva nos últimos dias fez com que algumas medidas de segurança fossem tomadas, para evitar possíveis acidentes.
“Paramos parte do sistema de drenagem por questões de segurança, alguns tubos estão sendo assentados com seis metros de profundidade, e, devido ao volume de chuva dos últimos dias, havia o risco de desmoronamento no momento de assentar esses tubos, por isso preferimos parar uns 15 dias. Perdemos um pouco de tempo mas ganhamos em segurança total”, argumentou.
A boa notícia dada por Oliveira refere-se a fase de concretagem da estrutura. Segundo o engenheiro, das 1.800 estacas previstas para serem cravadas na área do estádio, mais de 1.100 já estão no local, faltando portando cerca de 700. A agilidade no sistema utilizado com duas máquinas do tipo perfuratriz, permite que após a escavação e a retardada da terra, uma tubulação já introduza o concreto no local das estacas. Assim, a média, segundo Oliveira, tem sido de 25 estacas por dia.
“A fábrica dos pré-moldados já está funcionando a todo vapor, anexa ao canteiro da obra. Assim que as estacas receberem os blocos, e alguns pilares estiverem prontos, teremos condições de iniciar a montagem das estruturas”, informou o engenheiro cuiabano.
A até dois meses, a obra de Cuiabá era apontada como a mais avançada em relação as outras 11 cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2014. No entanto, após os engenheiros descobrirem um lençol freático muito baixo, sob o antigo fosso do Verdão, os atrasos começaram. Foram necessários mais R$ 12 milhões para a ampliação do sistema de drenagem, que voltou a ser paralisado.
