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Automobilismo

1 de dezembro de 2025 às 23:07:59

Redação

"Foi um dos momentos mais revoltantes da minha vida", relata preparador de goleiros do Mixto alvo de racismo

Rafael Cruz foi vítima de insultos racistas no confronto fora de casa contra o Goianésia, válido pela Série D


Foto: Divulgação/Mixto EC
Foto: Divulgação/Mixto EC

Neste domingo (8), o Mixto enfrentou o Goianésia no estádio Valdeir de Oliveira, em jogo válido pelo returno da Série D do Brasileiro. Apesar do jogo recheado de gols, reviravoltas e ponto somado na bacia das almas, o confronto acabou manchado por conta de um torcedor do clube goiano, que proferiu ofensas racistas direcionados aos funcionários do Alvinegro.


O preparador de goleiros Rafael Cruz contou em entrevista exclusiva ao Olhar Esportivo que os insultos raciais motivaram um dos piores dias da sua vida. "Foi um dos momentos mais tristes e revoltantes da minha vida. Eu sou um trabalhador, um guerreiro, um pai de família que luta todos os dias com dignidade para garantir o sustento da minha casa. Estar em campo, fazendo o que amo com seriedade, e ser atacado de forma tão covarde e desumana, por causa da minha cor, é algo que dói profundamente. Ninguém merece passar por isso. O racismo fere, humilha e destrói e não pode mais ser tratado como algo normal", lamentou.


As equipes envolvidas no embate tiveram atitude imediata - não hesitaram em tomar as medidas cabíveis -, o que facilitou o reconhecimento do autor do crime, que foi retirado da arquibancada, conduzido à delegacia e não poderá frequentar mais os jogos do clube, além de perder o seu sócio-torcedor.


"Apesar da dor do episódio, reconheço e agradeço a postura respeitosa da direção do Goianésia, que não se omitiu. Também quero agradecer de coração ao delegado, doutor Marcos, que tratou o caso com a seriedade que ele exige. Quando as instituições agem com responsabilidade, nos sentimos mais protegidos e ouvidos. Que isso sirva de exemplo para que outros sigam o mesmo caminho", destaca Rafael sobre a postura da diretoria do Goianésia.


O preparador de goleiros não foi o único alvo do crime, que aconteceu por volta dos 40 minutos da segunda etapa: a médica do Mixto também foi ofendida racialmente pelo torcedor, e assim como Rafael, recebeu o amparo da diretoria mixtense.


"A diretoria do Mixto foi firme, humana e correta ao exigir a identificação do torcedor e apoiar a paralisação. Sou imensamente grato a diretoria do Mixto pelo total apoio, comissão técnica, staff, todos, ao Rodrigo, nosso fisioterapeuta, à médica da partida que também foi ofendida e assediada ao segurança do estádio e às demais testemunhas que se posicionaram e me deram força. Isso mostra que ainda existe esperança, que não estou sozinho e que juntos podemos mudar essa realidade. Como pai, como trabalhador e como ser humano, eu luto não só por mim, mas por todos que vêm depois. O racismo não vai nos calar", completa. Em nota, o Alvinegro da Vargas reafirmou seu compromisso com a diversidade, o respeito e a luta contra todas as formas de discriminação. O clube agradeceu as autoridades presentes e exigiu medidas rigorosas para que atos como este não se repitam no futebol e na sociedade,

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